Poucos contos e alguns trocados.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Edgar Allan Poe

E aí, povo, beleza? Como esse blog tá mais abandonado que não sei o quê - ultimamente tenho estado sem ideias para postar, infelizmente - resolvi migrar os posts da página do facebook que eu administro para cá. A page é a Metal Poderoso, e eu sou a #Airin.

Lá, eles se chamam Momento Literário, o que faz sentido, uma vez que eu tou postando sobre literatura e metal numa página que fala, basicamente, de metal. Interessante, não? Segundo essa mesma lógica, eu deveria mudar o nome do quadro ao postar tudo isso aqui, porque isso aqui não é um blog sobre metal. Faz sentido. 
Agora, faz mais sentido ainda dizer que eu tou com preguiça e não vou fazer isso. O nome será mantido, porque é um nome legal, e, no fim das contas,  nome é o de menos. O que importa é o conteúdo. 
Outra coisa: não vou copiar ipsis litteris o conteúdo de lá, porque o que parece muito em um post de facebook é uma migalha aqui no blog, então as postagens serão incrementadas com informações a mais e imagens e outras coisinhas. O básico será mantido, uma música que fala sobre um livro.
 Resolvi começar pelo primeiro post que fiz lá, quando o quadro nem nome tinha. Começo da mesma maneira:
A primeira coisa que eu resolvi trazer pra vocês é essa obra prima do Opera Magna, uma banda espanhola que, pra mim, lembra muito o Rhapsody (que, como vocês já sabem, é minha banda preferida, e daí podem concluir que também gosto de Opera Magna).
 O álbum, que se chama Poe, é o segundo da banda (o primeiro é intitulado El Ultimo Caballero, e também é muito bom, embora não tanto quanto o segundo).  
Observem que tem um gatinho à esquerda, referindo-se ao talvez mais famoso conto do escritor, O Gato Preto.
 Primeiro, vamos falar um pouco do Edgar Allan Poe, o cara que inspirou essa belezinha. Poe foi um autor romântico americano, considerado o criador do gênero romance policial - ele inspirou gente como Conan Doyle, Agatha Christie, Jorge Luís Borges e outros. Poe também escrevia histórias de terror e suspense, com muita gente morrendo e crueldades. Por incrível que pareça, apesar de ele ser estadunidense, a maior parte da sua fama se deu após o reconhecimento dos europeus - Baudelaire, poeta simbolista francês, foi um grande divulgador de sua obra, e, em parte, responsável pela fama de alcoólatra e desajustado do Poe. Vocês podem ler mais da biografia dele na internet, né?  
Voltando ao Opera Magna. Todas as músicas são em espanhol (com alguns refrões em latim - SIIIIM *~*). Tem gente que não curte metal em qualquer língua que não seja o inglês - e eu solenemente os desprezo - mas, se essas pessoas ouvirem o EP  Un Sueño En Un Sueño, que traz uma versão em inglês da faixa título, entenderão o porquê de eles cantarem em espanhol. Taê, pras almas incrédulas.

  Sim, isso é inglês, embora não pareça.
Mas falávamos do Full-Length Poe. Ele começa com um intro El Cuervo, que falam - adivinhem! - de O Corvo, o poema mais famoso do Poe. Esse poema foi traduzido em português por diversos caras fodas, entre os quais posso citar Fernando Pessoa e Machado de Assis. Leiam o poema aqui. O poema é belíssimo - e olha que eu não gosto de poesia, e ouvi-lo é mais interessante que lê-lo, principalmente se ele for narrado por um declamador competente. Tentem esse.

As músicas seguintes foram inspiradas em contos escritos pelo Poe.  Não me lembro de todos pelo título - ainda mais o título em espanhol, e pode ser que muitos eu não tenha lido, mas vou falar de alguns. 
La Máscara De La Muerte Roja fala sobre um príncipe cujo reino foi assolado por uma doença misteriosa, chamada de Morte Rubra e, em vez de cuidar do povo, reuniu todos os seus amiguinhos saudáveis e ficou com eles trancados num palácio onde viveram por muito tempo fazendo festas e eventos suntuosíssimos.
El Demonio de La Perversidad : o Demônio da Perversidade é aquela vontade desgraçada de fazer alguma coisa justamente porque tu sabe que tá errado. Por exemplo, tu tem um trabalho pra fazer, e liga o computador e tu faz tudo, menos o trabalho. E, enquanto está no facebook, fica se martirizando porque deveria estar fazendo o bendito trabalho.
El Retrato Oval conta a história de uma moça que, casada com um pintor de quadros, teve a alma aprisionada em um retrato que ele pintou dela.
 
A última música se chama Edgar Allan Poe e fala - adivinhem! - sobre o escritor. Não conta a vida dele, exatamente, mas uma espécie de angústia que eu - e o pessoal da banda - imagino que ele deva ter sentido muitas vezes. É, disparado, a melhor do álbum. 
 
Aqui temos a contracapa do álbum, pra vocês verem a belíssima arte, e também para conhecer a relação de músicas:
 
Pra finalizar, um filme excelente que eu vi no cinema ano passado, também sobre ele. Não sei se tá bom o filme, mas, em todo o caso, vocês pegam na locadora, baixam por torrent, se viram. Né?