Poucos contos e alguns trocados.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Sereia

Voltando aos posts de sempre, essa boneca eu não ganhei da vizinha (e nem tirei foto antes da modificação). Eu tinha aqui em casa jogada e resolvi doar. Como as perninhas estavam estragadas (a coitada nem parava sentada) eu fiz uma sereia.

Pra sentar, só apoiada na parede que foto mais feia

Até mecha rosa no cabelo eu pus

Brinco, colar e escambau



Essa malha pink é tudo <3

Detalhe da cauda
 A malha pink eu ganhei da moça da loja Doce Maldade (ela também me deu muitos outros retalhos, que usei pra confeccionar algumas dessas roupinhas).

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

TAG: Minha faculdade



Imagem roubada do blog da Andy, só pra não perder o costume
A Andy (leiam a dela aqui)me marcou nessa tag e eu fiquei tipo: "como responder se eu já sou formada?" mas lá vou eu. Vamos ver o que vai sair

1. Qual é o seu curso de graduação?

Letras - Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa. Bacharelado e Licenciatura. Sim, sou formada em ambos. 

Estudei na Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Florianópolis, no Centro de Comunicação e Expressão. 


2. Quantos semestres ele tem? Qual você está cursando?
 
O Bacharelado diurno tem oito, e a licenciatura, nove. No noturno, aumenta um semestre (em cada habilitação). Como eu já disse, já sou formada.


3. Por que você escolheu esse curso?
 
No início, eu queria ser escritora. Depois fui mudando de opinião, virei revisora e agora estou pretendendo dar aulas. Vamos ver aonde isso vai dar.
 
4. Chegou a pesquisar sobre o mercado de trabalho e piso salarial?
 
Não! hauahauh Escolhi meio no chute mesmo, porque eu sempre gostei de gramática (tadinha de mim), de escrever (tadinha de novo) e de ler (agora deu pena mesmo de mim).
 
5. Como foi seu primeiro dia de aula? Tem dicas para os calouros?
 
Olha, o primeiro dia foi legal pra caramba. Minha primeira aula foi com um professor com quem voltei a ter aulas em mais duas matérias (sim, eu adorei ele). Depois veio a Salma, outra lenda lá no CCE. Ela estava com a roupa toda roxa e um chapéu roxo, pensem! Eu podia jurar que ela era uma verdadeira bruxa (no bom sentido). A minha dica é: vá com a mente aberta. Escute tudo o que o professor disser, e não diga "não" a nenhuma ideia que ele tenha. Ela pode vir a fazer MUITO sentido depois. Claro, questione e tal, mas não recuse. 
 
6. Sobre seu TCC, já começou a fazer? Qual tema pretende abordar?
 
Sim, pensei pra caralho, tanto que cheguei a ficar doente. Mas eu o concluí, defendi, e tirei 9,5. Ele está disponível aqui. É sobre a importância da gramática portuguesa para o ensino do latim. Pra quem está pensando, a minha dica é: pense nas coisas que gosta. Converse com outras pessoas (principalmente professores. Eles têm muita coisa pra ensinar, e não só o que dão na sala de aula). Pesquise. Leia. E, o mais importante: ouça. E quem tem medo da banca, vá assistir a uma defesa. Vai ver que não é nada do que parece. 
 
7. Você se considera uma boa aluna? 
 
Todo o mundo me considera. Eu aprendo muito rápido e presto atenção a cada detalhe. Por isso, nem precisava estudar em casa (embora lesse a maioria dos textos recomendados pelos professores). Antes das provas, eu relia os textos que iam cair. E enchia os professores de perguntas. Façam isso. Aproveitem que tem professores ali, à disposição de vocês, ganhando pra isso. Suguem eles.
 
8. Você está 100% satisfeita com o curso que escolheu?
 
Cem por cento é impossível, né? Às vezes penso que devia largar tudo e fazer moda, mas aí eu me lembro do que aprendi e penso, puxa, eu gostava tanto...
 
9. O seu curso tem algum material específico?
 
Olha, se fosse hoje eu compraria um tablet, pra poder ler os textos que os professores dão em qualquer lugar, sem precisar vender o fígado pra pagar os xerox. Porque é só leitura em cima de leitura.
 
10. Na sua faculdade teve trote? Se sim, como foi?
 
Teve mas eu não participei.
 
11. Seu curso tem muita matemática?
 
Noooooooon hauhauah O que eu conheço de gente que veio pra Letras só pra fugir de matemática... Enfim, tem sintaxe gerativa, que o Chomsky criou usando como base um princípio da matemática, e que o pessoal se fode demais pra aprender, mas eu achei bem de boas.
 
12. Geralmente nas faculdades têm o "ciclo natural de desistência". Isso aconteceu na sua faculdade?
 
Sim, uma galera desistiu, principalmente nas primeiras fases. Se o cara passa da quarta, normalmente ele não cai fora mais. 
 
13. Quais dicas daria para quem está querendo o mesmo curso?
 
Primeiro: NÃO tem gramática no curso de Letras.
 
Segundo: Se quiser ser escritor, faça Jornalismo.
 
Terceiro: NÃO tem gramática no curso de Letras.
 
Quarto: Tem muita literatura e teoria da literatura, e isso é pura viagem na maionese. Muitos professores citam/mandam ler filósofos e coisas do gênero. Se odiar isso, pense duas vezes.
 
E, pra finalizar, NÃO tem gramática no curso.
 
Falei tudo isso porque a maioria da galera que faz Letras normalmente gosta de gramática aí chega lá e se decepciona. O curso pretende formar pesquisadores e professores (na real, muita gente reclama que tem pouca formação pra professores)
 
14. Já ficou em DP? Possui algum método diferente de estudo?
 
Não, nunca. Meu método é, basicamente, prestar a atenção no professor, ler os textos pedidos e fazer os exercícios, se tiver. 
 
15. Um resumo básico do seu curso para quem está pensando em fazê-lo.
 
É um curso com o objetivo de formar pesquisadores (bacharelado) e professores (licenciatura). Os pesquisadores podem optar por literatura ou linguística. Como toda graduação, tu sai de lá sabendo um pouco de tudo e nada de nada. Aprofundar mesmo só no mestrado (e olhe lá). E, pra quem tá no meio do curso e acha que não sabe nada: é normal. Na hora da prática que tu percebe o quanto tu aprendeu.


Até que foi divertido responder à tag rs Não vou marcar ninguém porque fico constrangida, vai que a pessoa não tá afim de fazer... Façam se quiserem.

 
  
       
 
 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Lolita Version - Clawdeen Wolf

Lembram que eu falei, no post sobre a roupitcha da Cleo, que eu estou amando fazer vestidos loli para as minhas Monster High e que, por isso, a Draculaura está entupida de roupas enquanto as outras estão meio enjeitadas?

Pois então! Eu resolvi fazer versões loli das roupas do desenho! A minha primeira vítima tentativa foi a roupa da Clawdeen básica, que sofreu alterações até demais, tanto que sequer lembra a roupa-base.
Clawdeen Básica pra fins de comparação

Aqui tem algo que dá pra ser chamado de rascunho ou projeto (eu avisei que não sei desenhar)



E agora, a minha!

foto mal tirada, adivinhem quem tirou



Grawr

A blusinha lembra mais a de Scaris
Essa é a doll Scaris, que também tive em mente ao fazer minha roupa. A Camila tem a boneca, então, quando for visitá-la, eu peço os acessórios emprestados e bato uma foto
A próxima vítima será a Abbey Bominable. Tenho uma vaga ideia do que vou fazer.

Edit: eu pus os acessórios da doll Scaris na minha roupinha, mas ficou tão ruim que não tive coragem de fotografar "/

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Vestido Egípcio

Quando eu estava em Concórdia, fui passar um final de semana em Chapecó, na casa de meus tios, e fomos passear no shopping. E, bem naquela época, as Monster High entraram em promoção por 50 e 70 pilas! Quis aproveitar pra comprar a Cleo, que eu já queria fazia tempo.

Mãããs, nesse mesmo dia, descobri que a minha mãe e a Andy já a tinham comprado pra mim, e pelo mesmo preço rs

Enfim. Trouxe aqui umas fotos dela com a roupinha original:

Esse é o vestidinho (divo) que acompanhava ela na caixa

Os sapatos, curingas, divinos.

Close no vestido (os braceletes não acompanhavam, eu que pus depois)

E esse cinto? Maravilhoso!

O enfeite de cabeça é divo, mas não firma na cabeça dela i.i

Close no cinto.

E a bolsinha? Nunca pensei que escaravelhos pudessem ser tããão fashion

E agora, vamos à roupa de hoje! Eu tenho feito roupas para a Draculaura até demais, porque adoro o estilo lolita e ele combina 100% com a Lala (e com a Sev também, então a Andy acaba ganhando muuuuitos presentes). Resolvi variar um pouco o estilo e costurar para a Cleo também. Eu mal acredito que nunca saiu uma foto dela aqui no blog (até agora).

Era pra ficar algo parecido com isso:



Ela não ficou diva?



 Infelizmente, o colar não firma no lugar. Vou ter que dar um jeito nisso. A Andy sugeriu uns pontinhos grudando a joia ao vestido, mas não quero que ele fique definitivamente colado à roupa, então preciso pensar em outra alternativa.


Esse cinto sai,mas eu preciso dar um ponto pra firmar o tecido comprido ao cinto propriamente dito.


Aqui temos o vestido sem o cinto e o colar:

Bolsinha de Barbie mas que é perfeita até dizer chega


A dica é: comprei esses braceletes numa loja de peças para montagem de bijuteria



Unhas pintadas =D
Agora me ocorreu que eu podia ter colocado o cinto que veio com ela nesse vestido preto .-. (não vou tirar foto disso agora, porque está escuro. Se quando está claro minhas fotos são são esse fiasco, imaginem no escuro).

E também me veio que eu posso fazer vestidos de lolita com temática egípcia. Aguardem os próximos capítulos.


Pra finalizar, uma foto do vestido original com o cinto que eu fiz:

Pessoalmente ficou menos estranho

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Magical Moonlight inspired dress


E aí, galera? Aproveitaram o carnaval? Como não sou muito chegada em sair, acabei aproveitando pra assistir a 4 episódios da série Pilares da Terra, que me foi indicada pelo João Victor (e tou amando, valeu, cara!) e atualizar meu blog (esse já é o terceiro post em três dias, wow). Também andei costurando, lendo (Frankenstein já está pela metade) e escrevendo (tou quase quase acabando um conto). Além disso, uma dor de garganta do capeta me pegou e tou sofrendo pra engolir minha própria saliva (e como dói, puta que pariu).

E, agora, vamos ao post. Eu estava navegando nas interwebs quando visitei um blog chamado Reino de Morango e, de lá, caí numa loja online de roupas de lolita, a Metamorphose temps de fille. Nessa loja, eu simplesmente me apaixonei pelo vestido Magical Moonlight, cuja foto podem ver abaixo:

Divo, não? Depois disso, eu resolvi fazer um parecido (porque eu, infelizmente, não tenho um tecido igual) para a Draculaura (pra mim não, ainda não cheguei nesse nível, mas, quem sabe depois das aulas de costura eu consiga?)

O resultado foi esse:

Pela qualidade, vocês podem deduzir que fui eu que bati a foto

E aí, ficou parecido?


Infelizmente, os alfinetes que usei pra manter firme a fita de cetim escorregaram, e o resultado me deixou muito puta:
Eu também pintei as unhas dela


Ficou tudo torto! aaaaaargh, que ódio! E o pior de tudo isso é que, se eu fosse desmanchar, ia estragar a fita! e eu só tinha essa! Acabei deixando quieto.


Outra coisa que vocês também podem ver na foto acima é o "cinto" do vestido, que era pra ser franzido mas que acabou virando um cinto liso. Acontece que o tecido marrom é muito grosso e, quando eu ia franzir, ele arrebentava! (preciso descolar um tecido marrom decente)

De resto, fiquei muito satisfeita com o vestido. Ficou fofo, apesar dos meus erros.

Close na sainha. Esse tecido florido é tãããão perfeito <3
 Mais uma foto dele inteiro:


E agora, os acessórios.

O brinco e o colar foram feitos por mim, com arame e pérolas de bijuteria. E os sapatos eu comprei de um contato meu do facebook.
Eu também fiz a meia fina <3

Eu amo esses sapatinhos <3

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Sobre Spoilers


Ainda hoje a Andy me avisou que minha resenha do Drácula tem horrores de spoilers. E aí eu pensei: "como falar do livro sem dar spoilers?" Na real, sempre pensei isso. Se vocês lerem essa resenha aqui, de Lolita (do Vladimir Nabokov), vão ver que ela começa assim:

E depois de relutar, pensar, repensar, esperar e tantas outras coisas terminadas em "ar", enfim eu li Lolita. Sim, senhoras e senhores, eu tô falando daquele livro super polêmico que causa confusão, discordâncias, divergências e "tretas" entre os leitores e os críticos a séculos. De autoria de Vladimir Nabokov, Lolita tem como protagonista Humbert Humbert, um homem de mais ou menos quarenta anos, que se apaixona por uma garota de doze anos. (grifo meu)

 Isso é spoiler! Ele só conhece a Lolita lá pela metade do livro! Antes disso, acontecem um monte de coisas que não têm nenhuma relação com ela (e durante as quais a menina nem tinha nascido). Mas simplesmente não dá pra falar do livro sem dizer isso, principalmente porque o livro fala sobre isso.  Essa é a história dele. O que acontece antes é uma espécie de prólogo e, na minha opinião, sua função é apresentar o protagonista e mostrar claramente o quanto ele é louco. E ninguém conta que o Humbert Humbert morre na prisão, coisa que acontece nas primeiras páginas do livro.

Pronto, acabei com o livro. sqn

Eu não acho que spoilers prejudiquem tanto assim a leitura de um livro. Inclusive, aconteceu comigo um episódio que acho que vale a pena relatar. Quando eu era caloura (e lá se vão anos), uma amiga minha ganhou um monte de livros, entre eles A Metamorfose, do Kafka. Ela leu e adorou. E foi me contar, empolgada, sobre o bendito livro. Lá pelas tantas, ela disse "ah, queria falar sobre o final, mas não quero te dar spoilers" e eu disse "pode falar, não pretendo ler esse livro tão cedo". E ela me contou que, no final do livro, o Gregor          . Ela estava super decepcionada com esse final. Enfim. Aconteceu que, não muito depois, o nosso professor de teoria literária mandou ler o livro. Ela ficou super mal por ter me contado o final. E eu "dá nada". Li o livro. Não foi com aqueeeela empolgação (Kafka não é exatamente empolgante, ainda mais contando a história de um sujeito que foi transformado em um "monstruoso inseto". Na real, isso poderia virar um livro medonho de terror, contanto que fosse escrito por alguém que tivesse essa intenção).  No fim das contas, gostei do livro. Não fiquei decepcionada com o final (inclusive achei que fazia sentido). Um dia falo mais sobre A Metamorfose (evitando spoilers).

A minha teoria disso tudo é que um livro bom não perde nada ao se saber o final. Eu não leio livros pra saber o final (muita gente deve ler, sei lá). Gosto do ato de ler. Muitas vezes me contam o final de alguma coisa, tipo sei lá, um spoiler da Bíblia (tou evitando encher esse texto de spoilers rs): "Jesus morre" e aí eu vou ler não pra saber que Jesus morre, mas pra saber como e porque ele morre. E, enquanto eu estou lendo a Bíblia, fico pensando "mas, meu Deus, o que vai acontecer pra dar uma reviravolta tão grande e o manolo morrer?". É bem divertido quando acontece isso. Claro, na Bíblia não, até porque todo o mundo conhece a história.

Outra coisa em relação a spoilers que também me vem à cabeça é, ao ler o livro, tu vai assistir ao filme já sabendo de tudo o que vai acontecer (menos no Hobbit, porque incluíram um punhado de coisas que não existiam no livro) ou de quase tudo, já que 100% fiel não tem como ser. Nesse caso, por que veríamos o filme depois de ler o livro? E olhem que eu terminei  Os Três Mosqueteiros louca para ver um filme sobre. Dom Quixote também deu vontade, só que esse eu acho que merecia um seriado, pra poder aparecer tudo o que acontece no livro, e não só a cena dos moinhos de vento que viram gigantes.

eu ri

Às vezes parece que dar spoiler é só dizer "quem morre". Mas não é assim. Pensem na galera que leu Game of Thrones e assiste ao seriado. Se fosse só "quem morre", o seriado não ia ter a menor graça pra esse povo.

De qualquer maneira, por esses dois motivos (não sei falar do livro sem dar spoilers e acredito que spoilers não afetam a leitura), vou continuar fazendo as minhas resenhas do mesmo jeito. A menos que eu aprenda a fazer de outro. 





domingo, 15 de fevereiro de 2015

Um livro de cujo autor eu ainda não tenha lido nada: Drácula, o Vampiro da Noite

Foto roubada do blog da Andy, porque as fotos que eu tirei sumiram
Essa foto eu postei no Instagram logo que acabei o livro

Essa foi a mais fácil das minhas metas para fevereiro. Afinal, eu sou uma leitora compulsiva (tanto que concluí a meta antes do dia 5.)

Depois de ter assistido a três filmes sobre vampiros em sequência, me resolvi a ler o Drácula, para conhecer o mito que o imortalizou (na real, isso soa estranho. Se o Bram Stoker imortalizou o Drácula, isso quer dizer que ele mordeu o Drácula?)

O livro pertence à Andy, que o resenhou em dois posts: aqui e aqui.


Enfim. O livro é legal. Não sei se eu o classificaria como livro de terror, pois aparecem vários gêneros no decorrer da história. No começo, quando Jonathan Harker está preso no castelo do vampiro, com três vampiras doidas pra sugar o sangue dele, é realmente bem terrorífico. Depois, ele volta para Londres e o livro se torna uma investigação, em que eles tentam descobrir quais são os planos do vampiro para poder acabar com ele. Por último, vem a ação! Lutam contra o Drácula, contra os ciganos que o ajudavam, perseguem eles...

O livro não tem um narrador principal. A história é contada do ponto de vista dos personagens, por meio de seus diários e também por algumas colagens de jornais. O mais interessante dessas colagens é que os trechos (que deveriam ser recortados dos jornais) têm um estilo muito mais literário que jornalístico, falando sobre o sol, nuvens e outras coisas do tipo. Fiquei pensando se, nos jornais da época, realmente se escrevia assim ou se o autor não tinha a menor noção de gêneros jornalístico ou se isso foi uma opção que ele fez, porque o estilo literário descreveria melhor a situação. O Médico e o Monstro, que eu li depois, faz a mesma coisa. São dois livros parecidos, nesse sentido, pois o segundo também traz recortes de jornais e cartas dos personagens, com a diferença de que este tem um narrador onisciente na maior parte do tempo.

Outra coisa que eu achei engraçada foi que o Drácula vai para Londres (ele precisa transportar terra do túmulo dele pra poder ir pra lá e, pra isso, compra várias casas na cidade e distribui 50 caixas contendo barro fedorento por elas) e morde Lucy e Mina, as duas minas que aparecem no livro. Lucy acaba morrendo, e virando uma vampira. Após isso, ela morde uma criança por noite (as crianças não morrem - Van Helsing explica isso porque ela ainda era jovem como não-morta e não sabia como sugar sangue suficiente). Tem uma cena em que o Drácula dá uma bela secada numa moça. Agora, eu lhes pergunto: ele só mordeu as duas nesse período em Londres (que parece ser muito tempo)? Ele chega a rejuvenescer, de tanto que come. Deve ter matado (transformado em vampiro) uma galera! Isso seria suficiente pra começar o apocalipse vampiro em Londres!

(Ao contrário das outras ficções sobre vampiros, não existe um ritual para transformar alguém em vampiro. É só o sujeito morrer após ser mordido, e pronto!)

Outro detalhe que eu nunca vi em lugar nenhum sobre vampiros: o Drácula só pode entrar em algum lugar, pela primeira vez, se for convidado. Depois, ele tem passe livre na casa. Agora, a pergunta que não quer calar é: como diabos ele conseguiu entrar na casa de Lucy para mordê-la se não tinha sido convidado?

Além disso, tem uma cena em que o Drácula não só sai durante o dia como fica pirulitando por aí! Diz-se apenas que ele não tem poderes durante o dia - como controlar animais da noite (morcegos, lobos, ratos e outros bichinhos fofos); transformar-se em morcego; entrar em lugares minúsculos; criar névoas e tempestade; hipnotizar pessoas e por aí vai.

E a parte sobre não aparecer em espelhos realmente tem no livro. 


E o Van Helsing? Não, ele não é um vampiro que caça vampiros. É um velhinho professor universitário, doutor em umas dez mil coisas (hoje em dia isso seria impossível, mas, no século XIX...) e com um pensamento livre (disposto a acreditar em qualquer coisa, inclusive vampiros). Fiquei imaginando eu chamar meu orientador (socorro, professor, meu namorado está morrendo) e ele aparecer sugerindo que eu doe sangue pra ele e fazendo um colar de flores de alho pro bofe. Ia ser bizarro, principalmente porque meu orientador é professor de latim.

Não, Van Helsing não é gato assim no livro

Nem um vampiro que caça vampiros, como o Allucard

A Lucy, que virou vampira, antes de morrer, recebeu, além do colar de flores, sangue de quatro caras diferentes (entre eles, três que haviam lhe feito pedidos de casamento e o professor Van Helsing). Os pretendentes de Lucy uniram-se a Jonathan e Mina na batalha contra o Drácula (nessas horas que é bom ser gostosa - se os caras não estivessem apaixonados pela Lucy, não iam ajudar)

Tem também a história do louco que capturou e criou aranhas, alimentando-as com moscas. Em seguida, começou a catar pardais para alimentá-los com as aranhas criadas. Depois, queria um gato.  Ele pensava que, dessa maneira, podia ter uma vida eterna (como os vampiros). O sujeito acaba virando uma espécie de escravo do Drácula.

Draculaura ficou chocada com o final do livro
Concluindo: o livro é legal (nem as partes em que o Van Helsing dá uma de padre, falando sobre salvar a alma e panz estragam o livro) e vale muito a pena ler. Fora que um clássico é sempre um clássico.

Parte dois: os filmes que eu vi.

Eu disse que eram três filmes, não disse? Vou falar um cadinho de cada um deles.

Primeiro filme: O Castelo do Medo  

Assisti na Sessão da Tarde. Acho que nem preciso falar mais nada, né? Mas vou. É um filme estilo Disney, de dois irmãos que acabam se envolvendo com lobisomens e vampiros numa casa assombrada, herança de um tio da falecida mãe deles. O filme é bobo, zoado e sem noção, mas é divertido. Dá pra sentar na frente da tv e dar umas risadas - na real, nem é muito engraçado, mas dá pra desligar o cérebro.

Assistam online aqui. Ou esperem passar de novo na sessão da tarde, não deve demorar.


Conta a história de um escritor de romances de terror de quinta categoria que acaba se envolvendo com a investigação do assassinato de uma garota. Confesso que não entendi bem o roteiro ou ele simplesmente é uma bosta completa. Leiam um pouco aqui.

Não o recomendo pra ninguém (o Castelo do Medo é mais divertido).

Confesso, também, que os anos estudando teoria literária me deixaram meio paranóica. Se eu não entendo porra nenhuma de alguma coisa (filme, livro, ensaio, texto) eu fico imaginando se aquilo não é uma obra genial cujo sentido é etéreo demais pra eu perceber (ou eu sou burra demais. Eu sempre ficava com essa impressão ao ler textos críticos acadêmicos)

Terceiro filme: Entrevista com o Vampiro

Da famosíssima Anne Rice, de quem já li uma trilogia (falo um pouco dela aqui). As minhas críticas ao filme são basicamente as mesmas do livro. Tu termina tipo "e daí?" e ele traz violência e sensualidade gratuitas e desnecessárias. Uma espécie de Crepúsculo sem história (seria isso um pleonasmo?). Além disso, no filme, contrariam-se vários "tabus" sobre os vampiros, se levarmos em conta o livro do Bram Stoker. Eles viajam pelo mundo (sem carregar caixas com terra de seus túmulos); sequer são enterrados; aparecem em espelhos; morrem no contato com o sol e por aí vai. 

Enfim. Achei um pouco melhor que o Virgínia, mas é um filme gratuito. Vale pelo Brad Pitt de cabelo comprido.




sábado, 7 de fevereiro de 2015

Projeto coletivo - Meu estilo musical

Imagem roubada do blog da Andy

Fiquei muito feliz quando a Andy, do blog Sábado Chuvoso me indicou para participar dessa tag sobre o meu estilo musical. A tag foi criada pelo blog Cowgirls from Hell para o grupo Blogs Rock'n'Roll.

1- Qual é sua banda favorita? Como começou a gostar dela?
Minha banda favorita é Rhapsody of Fire. Comecei a gostar dela quando eu tinha uns 16 ou 17 anos (e não faz tanto tempo assim, tá?), graças a um DVD com músicas que ganhei de um amigo. Tinha uma ou duas músicas da banda nesse dvd (uma era Dawn of Victory, cujo nome ainda tava escrito errado). Depois, alguém baixou os discos completos (arrisco a dizer que foi a Andy) e eu comecei a ouvir de verdade. Em 2012, eu fui a um show deles em São Paulo, e hoje tenho uma coleção de cds deles.

Outra banda que amo de paixão é Engenheiros do Hawaii. Minha história com eles é um pouco mais antiga (eu imagino que tinha uns 10 ou 12 anos quando ouvi pela primeira vez). Foi amor à primeira vista (ou ouvida, como queiram). Lembro bem de Longe Demais das Capitais e Revolta dos Dândis (e eu nem sabia o que era um dândi - fui descobrir na faculdade). Um dia, na escola, enquanto estávamos trabalhando com dicionários, eu, em vez de procurar sacanagem, como todo o mundo fazia, procurei caudilho, por causa de Herdeiro do Pampa Pobre. Eu me acabava de cantar Ra-ta-ta-ta, com a Era um Garoto, que, como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones

2- Como seria o show dos seus sonhos?

Eu queria ir a um show do Dream Theater, a um do Angra, e a um do Engenheiros. Não passo muito tempo pensando nisso, então nem posso dizer que seriam shows de sonho

   3- Diga algo que você ouve e pouca gente sabe disso.

Sei lá. Eu gosto de ABBA, trilha sonora de bang-bang, Zé Ramalho, Secos e Molhados e sertanejo tipo Boate Azul. 

4- Você começou a ouvir algo diferente recentemente?

Recentemente... Não tenho ideia. Às vezes parece que eu ouço tudo o que eu ouço desde o início dos tempos... O último disco que baixei foi o La Leyenda de la Mancha, do Mägo de Oz, por causa do Dom Quixote. 

5- Qual subgênero do rock ou metal você mais ouve?

Power e prog metal. 

6- Que estilo musical você não consegue ouvir de jeito nenhum?

Música eletrônica. Eu simplesmente não suporto aquilo. Pop americano também, especialmente  aqueles cantados por pré-adolescentes à la Disney. Também não curto Black, Thrash e Death metal. E música religiosa. 

7- Existe algum artista ou banda que você já gostou muito e não gosta mais?
Eu lembro que eu gostava de Reação em Cadeia - era legal pra caramba, e chegou um belo dia e eu não consegui aguentar UMA música. Simple Plan foi outra. Eu gostava tanto que acho que ainda sei cantar umas músicas, pra vocês terem noção. Legião Urbana eu também enjoei. 

8- Você prefere ir a um show pequeno ou a um grande festival?
Olha, contanto que toque um som legal, eu tou topando. A vantagem do show pequeno é que é mais barato rs

9- Que banda você gostaria que ainda estivesse na ativa (mas não está)? 
Os Engenheiros do Hawaii (de preferência com o trio GLM) e o Angra com o Dedé


10- No mundo da música, qual é o assunto que mais te incomoda?

O pessoal me zoava porque eu tenho o maravilhoso costume de repetir músicas até enjoar e porque eu normalmente ouço sempre a mesma coisa (tanto que  uma certa banda está em primeiro lugar disparado das minhas audições no last.fm). Esse meu costume é ruim, porque eu tenho muita resistência em  incluir coisas novas ao meu repertório. Por que eu faço isso? Ótima pergunta. Eu mesma tentei mudar, mas não consigo. Às vezes eu penso que não tem problema nenhum que eu seja assim, mas às vezes eu queria ouvir mais coisa, e as coisas que tenho me irritam (tem dia que eu quero ouvir música, mas eu não consigo escolher uma pra começar. Até deixo tocar alguma, mas estou tão ansiosa que troco antes da metade.)

Parece que eu já respondi a essas perguntas em algum lugar e que eu estou me repetindo ad nauseam... Não vou tagar ninguém.  Façam se quiserem.