Poucos contos e alguns trocados.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Um livro de cujo autor eu ainda não tenha lido nada: Drácula, o Vampiro da Noite

Foto roubada do blog da Andy, porque as fotos que eu tirei sumiram
Essa foto eu postei no Instagram logo que acabei o livro

Essa foi a mais fácil das minhas metas para fevereiro. Afinal, eu sou uma leitora compulsiva (tanto que concluí a meta antes do dia 5.)

Depois de ter assistido a três filmes sobre vampiros em sequência, me resolvi a ler o Drácula, para conhecer o mito que o imortalizou (na real, isso soa estranho. Se o Bram Stoker imortalizou o Drácula, isso quer dizer que ele mordeu o Drácula?)

O livro pertence à Andy, que o resenhou em dois posts: aqui e aqui.


Enfim. O livro é legal. Não sei se eu o classificaria como livro de terror, pois aparecem vários gêneros no decorrer da história. No começo, quando Jonathan Harker está preso no castelo do vampiro, com três vampiras doidas pra sugar o sangue dele, é realmente bem terrorífico. Depois, ele volta para Londres e o livro se torna uma investigação, em que eles tentam descobrir quais são os planos do vampiro para poder acabar com ele. Por último, vem a ação! Lutam contra o Drácula, contra os ciganos que o ajudavam, perseguem eles...

O livro não tem um narrador principal. A história é contada do ponto de vista dos personagens, por meio de seus diários e também por algumas colagens de jornais. O mais interessante dessas colagens é que os trechos (que deveriam ser recortados dos jornais) têm um estilo muito mais literário que jornalístico, falando sobre o sol, nuvens e outras coisas do tipo. Fiquei pensando se, nos jornais da época, realmente se escrevia assim ou se o autor não tinha a menor noção de gêneros jornalístico ou se isso foi uma opção que ele fez, porque o estilo literário descreveria melhor a situação. O Médico e o Monstro, que eu li depois, faz a mesma coisa. São dois livros parecidos, nesse sentido, pois o segundo também traz recortes de jornais e cartas dos personagens, com a diferença de que este tem um narrador onisciente na maior parte do tempo.

Outra coisa que eu achei engraçada foi que o Drácula vai para Londres (ele precisa transportar terra do túmulo dele pra poder ir pra lá e, pra isso, compra várias casas na cidade e distribui 50 caixas contendo barro fedorento por elas) e morde Lucy e Mina, as duas minas que aparecem no livro. Lucy acaba morrendo, e virando uma vampira. Após isso, ela morde uma criança por noite (as crianças não morrem - Van Helsing explica isso porque ela ainda era jovem como não-morta e não sabia como sugar sangue suficiente). Tem uma cena em que o Drácula dá uma bela secada numa moça. Agora, eu lhes pergunto: ele só mordeu as duas nesse período em Londres (que parece ser muito tempo)? Ele chega a rejuvenescer, de tanto que come. Deve ter matado (transformado em vampiro) uma galera! Isso seria suficiente pra começar o apocalipse vampiro em Londres!

(Ao contrário das outras ficções sobre vampiros, não existe um ritual para transformar alguém em vampiro. É só o sujeito morrer após ser mordido, e pronto!)

Outro detalhe que eu nunca vi em lugar nenhum sobre vampiros: o Drácula só pode entrar em algum lugar, pela primeira vez, se for convidado. Depois, ele tem passe livre na casa. Agora, a pergunta que não quer calar é: como diabos ele conseguiu entrar na casa de Lucy para mordê-la se não tinha sido convidado?

Além disso, tem uma cena em que o Drácula não só sai durante o dia como fica pirulitando por aí! Diz-se apenas que ele não tem poderes durante o dia - como controlar animais da noite (morcegos, lobos, ratos e outros bichinhos fofos); transformar-se em morcego; entrar em lugares minúsculos; criar névoas e tempestade; hipnotizar pessoas e por aí vai.

E a parte sobre não aparecer em espelhos realmente tem no livro. 


E o Van Helsing? Não, ele não é um vampiro que caça vampiros. É um velhinho professor universitário, doutor em umas dez mil coisas (hoje em dia isso seria impossível, mas, no século XIX...) e com um pensamento livre (disposto a acreditar em qualquer coisa, inclusive vampiros). Fiquei imaginando eu chamar meu orientador (socorro, professor, meu namorado está morrendo) e ele aparecer sugerindo que eu doe sangue pra ele e fazendo um colar de flores de alho pro bofe. Ia ser bizarro, principalmente porque meu orientador é professor de latim.

Não, Van Helsing não é gato assim no livro

Nem um vampiro que caça vampiros, como o Allucard

A Lucy, que virou vampira, antes de morrer, recebeu, além do colar de flores, sangue de quatro caras diferentes (entre eles, três que haviam lhe feito pedidos de casamento e o professor Van Helsing). Os pretendentes de Lucy uniram-se a Jonathan e Mina na batalha contra o Drácula (nessas horas que é bom ser gostosa - se os caras não estivessem apaixonados pela Lucy, não iam ajudar)

Tem também a história do louco que capturou e criou aranhas, alimentando-as com moscas. Em seguida, começou a catar pardais para alimentá-los com as aranhas criadas. Depois, queria um gato.  Ele pensava que, dessa maneira, podia ter uma vida eterna (como os vampiros). O sujeito acaba virando uma espécie de escravo do Drácula.

Draculaura ficou chocada com o final do livro
Concluindo: o livro é legal (nem as partes em que o Van Helsing dá uma de padre, falando sobre salvar a alma e panz estragam o livro) e vale muito a pena ler. Fora que um clássico é sempre um clássico.

Parte dois: os filmes que eu vi.

Eu disse que eram três filmes, não disse? Vou falar um cadinho de cada um deles.

Primeiro filme: O Castelo do Medo  

Assisti na Sessão da Tarde. Acho que nem preciso falar mais nada, né? Mas vou. É um filme estilo Disney, de dois irmãos que acabam se envolvendo com lobisomens e vampiros numa casa assombrada, herança de um tio da falecida mãe deles. O filme é bobo, zoado e sem noção, mas é divertido. Dá pra sentar na frente da tv e dar umas risadas - na real, nem é muito engraçado, mas dá pra desligar o cérebro.

Assistam online aqui. Ou esperem passar de novo na sessão da tarde, não deve demorar.


Conta a história de um escritor de romances de terror de quinta categoria que acaba se envolvendo com a investigação do assassinato de uma garota. Confesso que não entendi bem o roteiro ou ele simplesmente é uma bosta completa. Leiam um pouco aqui.

Não o recomendo pra ninguém (o Castelo do Medo é mais divertido).

Confesso, também, que os anos estudando teoria literária me deixaram meio paranóica. Se eu não entendo porra nenhuma de alguma coisa (filme, livro, ensaio, texto) eu fico imaginando se aquilo não é uma obra genial cujo sentido é etéreo demais pra eu perceber (ou eu sou burra demais. Eu sempre ficava com essa impressão ao ler textos críticos acadêmicos)

Terceiro filme: Entrevista com o Vampiro

Da famosíssima Anne Rice, de quem já li uma trilogia (falo um pouco dela aqui). As minhas críticas ao filme são basicamente as mesmas do livro. Tu termina tipo "e daí?" e ele traz violência e sensualidade gratuitas e desnecessárias. Uma espécie de Crepúsculo sem história (seria isso um pleonasmo?). Além disso, no filme, contrariam-se vários "tabus" sobre os vampiros, se levarmos em conta o livro do Bram Stoker. Eles viajam pelo mundo (sem carregar caixas com terra de seus túmulos); sequer são enterrados; aparecem em espelhos; morrem no contato com o sol e por aí vai. 

Enfim. Achei um pouco melhor que o Virgínia, mas é um filme gratuito. Vale pelo Brad Pitt de cabelo comprido.




2 comentários:

  1. olá! olha só, você também curte animes (ou só Hellsing?). A sua Draculaura ficou ótima nessa foto com o livro! E a capa dele é linda! *_* Mas, olha, fui até o seu ultimo post e não achei uma foto com todas as bonecas monster high de vocês juntas (só vi uma com várias suzies peladas haha)! Ah, eu sou louca para ler o Médico e monstro, apesar de já terem me dito que é meio cansativo. Mas ultimamente tô só para romances. Procuro livros de comédia também, se tiveres alguma indicação.... t.t

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fotos de todas juntas acho que não tem mesmo... Aqui no blog tem a tag bonecas http://contosetrocados.blogspot.com.br/search/label/bonecas que tem alguma coisa.

      O médico e o monstro não é cansativo, é curtíssimo!

      Comédia, comédia, pra rir, é difícil. Agora só me lembro de Dom Quixote, que é bem engraçado às vezes. Minha resenha aqui: http://contosetrocados.blogspot.com.br/2015/01/o-primeiro-livro-de-2015-ivanhoe-de.html

      Valeu pela visita!

      Excluir

Obrigada por ler a postagem! Agora quem está curiosa pra saber o que você achou dela sou eu!